Post by nehaamrita on Jan 22, 2018 4:34:16 GMT
Nome
Neha Amrita
Idade
21 anos.
Filiação
Membro da Insurgência, como parte do grupo XX. Tendo se juntado a um esquadrão, tem prazer pessoal em participar das atividades da rebelião. Não quer só fazer os outros verem que a ideia de classes tão separadas é uma forma de opressão; também gosta de acabar com os que acham que esse sistema é absoluto. Grupo
Omega.
Flagelo: 4 dias
Flagelo: 4 dias
Personalidade e História
Quando pequeno, a personalidade alegre e artística de Neha era elogiada pela família e pessoas em volta. Gostava de desenhar e pintar, por vezes ficando de castigo por fazê-lo onde não deveria, como em paredes e móveis. Mesmo com os enganos típicos de uma criança, diziam, porém, “Ele vai ser ótimo quando crescer.”; “É encantador.”; “Vai conseguir agradar os outros direitinho.”; Espero que seja um orgulho pra nós.”
A arte, para o pequeno, o fez começar a questionar o mundo desde cedo. Mesmo sorrindo, o jeito como conseguia experimentar e se expressar com ela, e como por vezes a prática traduzia o mundo à volta, o fez ter uma noção cada vez maior da sociedade. Com ela, vieram as perguntas. Por que tinha que fazer aquilo? Só porque gostava das artes, o mundo tinha que vê-lo como inferior? Ou era por ter nascido de uma certa maneira? Por que somente sua mãe, que era como si, o escutava? E por que o pai tinha a palavra final em tudo?
Conforme crescia, as perguntas aumentaram.
Por que tinha que sentir dor? Dias e dias que se sentia inútil, em que sofria ao ponto da insanidade? Por que as pessoas o olhavam com desejo na rua, presumindo que podiam falar o que quisessem? Por que outros Omegas aceitavam tudo aquilo, querendo agradar? A noção da exploração sofrida o corroía, e a adolescência passava.
Quando percebeu que a resposta era “porque a Deusa quis”, foi o primeiro passo.
Cada vez mais nervoso com aquela noção, ele já sabia que desejava mudar, embora tivesse seu lugar na sociedade. Não queria mais seguir os padrões de beleza, nem viver para que os outros o vissem como um objeto de entretenimento. Não havia sentido para seguirem cegamente ensinamentos de Bettenou em uma sociedade pacífica, se toda uma parcela da população sequer era tratada como gente. Eram objetos. Doía, e se tornaria uma dor maior, com o passar dos anos. O estopim veio quando sua família passou por dificuldades financeiras. Gostavam e vendiam a própria arte, com a mãe trabalhando de dançarina. Mas nem o dinheiro deles nem do pai, um Beta, era mais suficiente para o local onde residiam.
A pessoa alegre e doce já havia se tornado mais reclusa, como se tivesse medo de algo. Então, com aquilo acontecendo após os dezoito anos do filho, fizeram uma escolha. Em vez de se mudar para um lugar menor e mais barato, o pai decidiu que ele já tinha idade de trocar o corpo dele por dinheiro. A mãe, nem pensar, já que ele agia como se ela fosse propriedade exclusiva. Daria um dinheiro rápido, fácil, e ajudaria a família. A própria progenitora já o fizera, na vida. Por que não?
Não.
Tudo que estava guardando pareceu ferver dentro do rapaz. Ele não conseguiu fingir aceitar. Não conseguiu dizer que estava tudo bem em algo daquele tipo. Não conseguia mais esconder-se em sua arte. A revolta o levou a pegar tudo o que mais precisava - deixando telas pra trás, mas não cadernos e pincéis - e procurar a rebelião. Na época que ela começara, não conseguiu achar a ideia errada, de forma alguma. Quando encontrou alguém da mesma e foi apresentado aos quartéis generais, prometeu a si próprio que mudaria e viraria outra pessoa. Viveria para acabar com a ideia imposta pela famosa Bettenou, com um ódio claro pela mesma. Viveria para retratar o quão absurdas eram as vidas dos Omegas. O quão sangrenta era a Insurgência, que os faria lutar por direitos. E com o que pudesse contribuir fisicamente, contribuiria.
Embora focado no que almeja, quem consegue a amizade do rapaz é pode ver resquícios de alguém que só deseja o bem para seus iguais; alguém que quer criar e ser feliz, no fundo. A seriedade esconde a leveza que a alma de Neha ainda deseja possuir outra vez, e a nostalgia de como era olhar o mundo como uma criança, onde havia beleza e certeza para todo lugar que olhava.
Aparência
Informações adicionais
♦ Tem 1,64 de altura.
♦ Possuía o cabelo longo e ondulado. O cortou após se juntar à Insurgência, por sentir nervoso de se adequar a um padrão que o fez e faria muitos outros sofrerem.
♦ É demissexual, e embora já tenha formado várias conexões e amizades na adolescência, nunca se apaixonou. Tinha plena noção que para um Omega, negar contato sexual poderia ser considerado fora da norma.
♦ Se referem a Neha como “Vampire” na Insurgência. Não por ter contribuído em diversas atividades, mas por recolher o sangue de quem cai na batalha e usá-lo em suas pinturas.
♦ Mora em um lugar bem menor, onde não tem um espaço próprio pra pintar, então o faz na sala de estar; e não se pergunta mais o que foi da própria família.