sunshine
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Omega Triste
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Post by sunshine on Jul 17, 2018 1:12:20 GMT
SUNSHINE | 26 ANOS | NEUTRA | ALPHA LOCAL: MESSA — TEMPLO | SOCIALIZAÇÃO: Khristian > Athena & Row Pouco antes do discurso, o aparelho telefônico de Sun tocou, na tela acesa era possível ler-se um enorme nome escrito, com duas pequenas opções abaixo.
MAMA'S CALLING
ACCEPT DECLINE Em um movimento rápido, atendeu a chamada, sendo invadida pela voz aconchegante de sua mãe, que facilmente a fez sentir-se menina novamente, porém não demorou para que parasse e desligasse no meio da chamada ao perceber uma mão cobrir-lhe o ombro. Girando o corpo, a face decorou-se em uma mistura de surpresa e entusiamo, um sorriso doce escapou e lágrimas escorreram. Arremessando-se foi envolvida por braços delgados, mãos afagaram a cabeleira escura que unia-se a da ruiva no abraço.
Estava tão contente.
— Continua tão bela quanto me lembro, minha criança. — a senhora comentou, soltando-se da cria o suficiente para mirar seus traços, as mãos dispostas ao lado das maças do rosto de Sun. — Ora, não chore. Seu pai está mais a frente e... — parou, surpreendida pela flor estendida. — É para mim? — Sun assentiu, risonha. — Não precisava! Mais que filha preciosa essa minha. — elogiou-a, depositando um casto beijo na têmpora de Sun e segurou o girassol. — Sabe, minha criança, estamos distantes fisicamente e por isso raramente sou capaz de vê-la, mas sabe por quê a dei este nome? Seu bisavô nasceu com um problema gravíssimo na visão e não possuíamos dinheiro para ajudá-lo, mas ele sempre gostou das definições acerca do sol. Talvez seu sorriso seja a definição de nascer do sol na mente dele... — a mulher falaria mais algumas palavras e concluiria seu raciocínio, se não fosse a presença do Sacerdote subindo para discorrer.
Todos calaram-se.
De mãos unidas, ambas ouviam. Sun sabia que sua mãe não interessava-se, pois esta nunca acreditou em Bettenou, mas nunca tentou influenciá-la ao seu ver e esta era apenas uma das infindas características que amava sobre ela.
Quando acabou, aplausos ocuparam o recinto, mas não tardou até que um grito ecoasse ao lado esquerdo de Sun, que sobressaltou-se e apertou a mão da progenitora, assustada. Ao seu redor um caos instalava-se. Em toda sua vida, não imaginou estar presente em uma situação destas, vendo ao vivo e a cores, uma faceta vil do ser humano. A maior parte começou a correr em desespero, mas alguns não tinham tanta sorte e eram golpeados por indivíduos mascarados. Os rebeldes. O que faria?!
A falta de reações rápidas quando mais precisava foi seu maior erro, pois logo foi apartada de Agenora no vai e vêm, seu grito virando apenas mais um entre tantos.
— MAMA! — debatia-se desesperada, tentando correr contra a correnteza que a arrastava mais e mais, mas sua visão ficou sombria com o que viu: um dos insurgentes acertando-a com um punhal, deixando-a visivelmente atordoada. Certo, não havia matado-a ou espancado-a, mas estava machucando sua mãe! — Desgraçado! Como pode fazer isso com um dos seus?! — indignada e sem saber como chegar onde queria, tentou afastar-se, talvez pudesse cortar caminho pelos lados, mas com convicção não era seu dia de sorte. Os pés de Sunshine embolaram-se e apoiou-se na primeira coisa que viu. Ou melhor, alguém.
Os fios arruivados memoravam os de quem buscava, mas os olhos que a observava eram de longe como os de sua mãe. E ao notar mais olhos direcionados a si, a posição tornou-se defensiva. Um homem e uma mulher, era fácil dizer. Sunshine estudou-os bem, guardaria cada detalhe.
— Não ousem chegar perto de mim! — falou entredentes, as mãos trémulas. Estava assustada.
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Post by Beico on Jul 17, 2018 1:20:19 GMT
Tudo aconteceu rápido demais.
Num momento tudo era belo, as estrelas brilhavam e Ahriat sorria. No outro, um tiro, uma explosão, as chamas queimavam e sua pele ardia. Ahriat não entendera o que aconteceu quando, logo que tocou a mão de Eos, algo imediatamente separou-os, irradiando dor por seus dedos. E logo depois—
Depois só houve horror.
Subitamente, o mundo tornou-se um borrão de amarelo e laranja e ruídos surdos ao seu redor. O mundo girava e o chão fugia de seus pés. Ahriat conseguiu apoiar-se nos punhos e joelhos, o suficiente para erguer o corpo do chão e sentir o sangue escorrer por seu rosto. Nada parecia real. Era como se estivesse apenas assistindo a mais um pesadelo.
Sua mão direita doía como jamais antes e, quando levou-a em frente ao rosto, viu os dedos tortos em posições estranhas. E, de alguma forma, isso fez com que a dor fosse ainda maior — insuportável, excruciante. Lágrimas inundaram seus olhos, e Ahriat chorava não apenas por si próprio. Chorava pelo medo, pelo desespero, mas, principalmente, chorava por toda a destruição e toda a morte que via ao seu redor. O que antes eram formas coloridas e sons abafados de repente tornou-se chamas e sangue, choros e gritos.
Ele não sabia onde estava Eos, não sabia onde estava Imilia. Erguendo-se precariamente sobre as pernas trêmulas, apoiando a mão ferida contra o peito, Ahriat tentou se localizar em meio a todo aquele caos. Quando por fim avistou o Templo, forçou-se a ir em sua direção. Ali estaria seguro, dizia a si mesmo, ali encontraria Eos e Imilia sãos e salvos, esperando por ele.
Mãos os gritos desesperados das pessoas às suas costas eram altos demais. Cada passo que dava rasgava-lhe o peito. Ahriat se perguntava o que a Deusa pensava dele agora. Se estaria imaginando como ele poderia ter falhado daquela maneira.
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Post by Li-He Zheijián on Jul 17, 2018 2:02:45 GMT
Ao ouvir a frase de Marte, apenas concordava com a cabeça. Não havia muito o que fazer agora. Dava uma última olhada para Lava antes de entrar no Senado, e assim o fazia logo depois de Marte.
Olhava encantada para aquele salão enorme, mas a falta de cores e de personalidade me fazia desencantar pelo local rapidamente. Dava algumas olhadas para trás, para ter certeza de que a Omega me acompanhava, enquanto seguia as instruções de Serpente, ando silenciosa e furtivamente pelos corredores do Senado.
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caterinne
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Post by caterinne on Jul 17, 2018 9:45:51 GMT
Acabei a minha reza feita para minha amada e gloriosa deusa. Me levantei olhando ao redor procurando meus amigos, mas era impossível achar ou reconhecer alguém no meio dessa multidão. Estavam todos tão lindos, um traje mais belo que o outro, me distraía olhando para todos. Demorei, mas encontrei esses sumidos. Antes da meia noite aproveitamos com tudo a festa dançamos, comemos, só não comi tudo da mesa de comes e bebes porque uns quilinhos a mais iriam me incomodar depois.
A hora mais esperada ressoa no grande relógio. Corro para o pátio, pois queria ouvir e ver o que o Alto Sacerdote Omega declararia.
Ele era tão lindo, um exemplo para todos! Ahriat subiu lindamente no palco e não pude evitar de gritar:
— Magnífico! — Puxei palmas sozinha que demoraram a ser espalhadas pela multidão atrás de mim.
Ao término do seu discurso, concordava com tudo que ele falou. As palmas encheram o pátio e o vento fazia dançar as flores até que um barulho enorme foi ouvido seguido de um ataque bem a nossa frente.
Os dois Alto Sacerdotes foram feridos.
Só podia ser obra dos rebeldes, fiquei paralisada olhando para a cena do ataque. As pessoas ao redor começaram a correr gritando, desesperadas.
— Catrin vem — ouvi um dos meus amigos gritar — Precisamos sair daqui.
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kleiner
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Post by kleiner on Jul 17, 2018 10:12:24 GMT
Dando as costas ao caos que comecei sai calmo, mas com o coração acelerado. Olhei para o templo e o terreno ao redor estava horrível, as bombas fizeram um grande estrago.
Tive uma ideia e resolvi comunicar aos outros XX. Retirei o smathphone para colocar contato com todos do meu grupo e comecei a falar:
— O que acham de fazermos uma "parede" de civil na entrada do templo assim estaríamos protegidos quando a polícia chegar. O ruim seria para escapar, mas poderíamos ganhar bastante tempo para nossos chefinhos e até algumas coisas a mais se fizermos uma grande quantidade de reféns e de bônus não deixaríamos eles escaparem assim facilmente. No entanto se formos fazer isso temos de nos organizar.
Enquanto falava caminhava, recolocando o smathphone no bolso e tirando minha máscara simples, era de pano e estampava um ursinho com um sorriso cínico, tampava todo meu rosto só não podia esconder meus cabelos ruivos bagunçados.
Aguardava pronunciamento dos outros XX.
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row trovick
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Post by row trovick on Jul 17, 2018 16:29:58 GMT
ROW TROVICK "A PROSTITUTA DE IALANA" ▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮ 28 ANOS | REBELDE | ÔMEGA ━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━ ❝É sempre um grande prazer aterrorizar Alphas como você.❞ ━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━
LOCAL: MESSA — TEMPLO | CIRCUNSTÂNCIA: Interagindo com SUNSHINE, KLEINER e ATHENA.
Row deu de ombros. Tinha imaginado que poderia roubar alguns veículos nas vias principais. Era provável que algumas das ruas estivessem bloqueadas para o melhor acesso aos civis, mas que um ou outro Alpha, Beta ou mesmo Omega desleixado, teria deixado seus veículos próximos ao pátio. Sempre existia um. Trovick já tinha planejado atear fogo em veículos, em pelo menos três das quatro vias de acesso ao Templo. Ele imaginava que retardando as vias de acesso, quando a polícia chegasse, Marte, o Alto Escalão e os Infiltrados teriam tempo suficiente de terminar seu belo show e garantir a vitória para todos os Insurgentes. O problema era que, Row Trovick não estava visando apenas ajudar a Marte, mas também queria se assegurar de que a maioria dos Insurgentes conseguiria sair dali com vida. A expectativa era deixar apenas uma via de fuga, e que, se mesmo esta via estivesse sendo usada pela polícia, ainda assim os insurgentes poderiam usá-la como isca, recorrendo então ao esgoto da cidade e a linha de metrô, bem debaixo de seus pés.
— Façamos assim, — disse Row para a menina de cabelos Escarlate ao seu lado — há 700 metros daqui Marte está com o Escalão e os Infiltrados terminando o belo espetáculo, logo à frente, no final do templo, estão as vias principais. Eu acredito que muitas delas foram fechadas para o acesso aos civis, mas se só existem quatro, vamos apostar em pelo menos três. Deixaremos uma como rota de fuga, e se tudo der errado, deixaremos uma como isca e recorreremos aos esgotos e ao metrô. Eu creio que será o suficiente para garantir a Marte e aos outros um tempo considerável de fuga. Nós sempre soubemos que o tempo rugia curto, ao menos daremos a eles um pouco mais de tempo antes que as coisas desmoronem.
Com um muxoxo Trovick se permitiu imaginar a mulher de cabelos prateados e sua filha. Ele tinha certeza que ela ainda estava procurando por ela e que não conseguiria sair a tempo da catástrofe final. Infelizmente, não era só ela que precisava proteger seus entes queridos ou mesmo uma causa e o moreno não podia abrir mão de quem quer que fosse agora.
"Achei que nunca ia me chamar pra dar uma voltinha."
Row ergueu uma de suas espessas sobrancelhas sob a máscara. Os olhos não transpassaram nenhum sentimento específico, mas por dentro, mostrava-se um tanto surpreso com a ousadia da jovem em rebater sua provocação momentânea. Ele agradeceu, em parte, por não ter levado uma bicuda e em outra, por Athena ser uma pessoa de fácil e agradável convivência.
Tratou de memorizar isso.
— Seria um desperdício — balbuciou Row —, mas não posso deixar de decepcioná-la em dizer que precisaremos ir em carros diferentes. Precisaremos de pelo menos dois em cada via, se quisermos fazer algo bem feito. — e erguendo uma de suas mãos, deu um fraco peteleco contra a ponta do nariz de Athena, por sobre a máscara da moça. — Mas vou me lembrar de convida-la, se por acaso sairmos vivos de hoje.
E então, as coisas aconteceram rápidas demais. Em um momento o moreno conversava com Athena, no outro, estava vendo uma estranha esbarrar na pequena Omega, desestabilizando-a. "Não ousem chegar perto de mim!", foi o que Row ouviu sair dos lábios da estranha que se embolava com Athena agora. Mas já era muito tarde para avisos repentinos. Antes que a estranha pudesse se defender do brutamontes que era Trovick, ele já estava em cima dela, prendendo-a e a afastando de Athena como se a pobre moça fosse de fato uma grande ameaça.
Alpha. — ele sentiu antes de ver.
O grunhido que entrepassou seus lábios era de um som quase animalesco. Estava agitado — por culpa de sua missão, da intromissão e da desconhecida Alpha, que era bem mais alta que Athena e que por isso, podia olhar diretamente nos olhos de Row. A única parte em sua máscara de lobo dourada que era visível.
Ele a estudou; seus cabelos negros, seus olhos heterocromáticos. Não recordava-se de ninguém dos XX que tivessem aquela característica. Claro, não fazia parte dos seus e por isso, não via motivos para ser gentil. Ainda assim Row segurou a mão da moça com força contida. Ela estava assutada, ele notou. De certa maneira, até se deleitou com isso e ainda que ela não pudesse ver a expressão de desgosto no rosto de seu agressor, certamente podia sentir o descontentamento dele quando falou.
— Um pouco tarde para avisos prévios, moça. — Os olhos de Trovick sorriram com desdém. — O que é uma benção. É sempre um grande prazer aterrorizar Alphas como você.
Escondido pelos cabelos cor de ébano de Row, seu minúsculo intercomunicador prendia-se ao ouvido. Era conectado ao Bluetooth de seu aparelho Smartphone e agora ressoava uma voz conhecida de um dos XX.
"O que acham de fazermos uma "parede" de civil na entrada do templo assim estaríamos protegidos quando a polícia chegar. O ruim seria para escapar, mas poderíamos ganhar bastante tempo para nossos chefinhos e até algumas coisas a mais se fizermos uma grande quantidade de reféns e de bônus não deixaríamos eles escaparem assim facilmente. No entanto se formos fazer isso temos de nos organizar. "
Quando a transmissão terminou, Trovick fitava a desconhecida em seus braços com olhos gelados e brilhantes. Row se aproximou mais de sua nova refém, certificando-se de que ela não escapasse e pôs-se a responder Kleiner:
— Não sei de quantos civis você precisa, mas seja lá quantos forem, risque um da lista. Vou fazer uma coisa primeiro, encontro você quando terminar. — e dito isso, desligou seu intercomunicador.
Row empurrou a desconhecida para frente de seu corpo, guiando-a em direção ao final do templo, para além das vias públicas que davam acesso ao local. Teve a impressão de que pudesse dar alguma esperança a desconhecida, de que talvez a libertasse. Lembrou-se de mantê-la firme consigo e olhou por sobre um dos ombros apenas uma vez, para confirma que Athena estivesse em seu calcanhar, seguindo com o plano.
Nas costas de sua desconhecida, ele deixou-se dizer:
— Colabore e há uma grande possibilidade de que ninguém te machuque. — sussurrou ele ao pé de seu ouvido. — Mas, apenas para o caso de você morrer e alguém querer se certificar de quem é o corpo, gostaria de perguntar... Quem é você, pobre e azarada Alpha?
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Post by mimrose on Jul 17, 2018 17:54:14 GMT
Athena | XX | Ômega | 20 anos Interação - Row e Sunshine ♢♢♢♢♢♢♢♢
"Mas vou me lembrar de convida-la, se por acaso sairmos vivos de hoje." Eu mesma não vou morrer hoje - pensei.
Ouvi Row explicar o plano dele que se concentrava em cada um pegar um próprio veículo, barrar três ruas e deixar uma como rota de fuga, e se essa não funcionasse seria uma isca e fugiríamos pelo metrô ou pelos esgotos. Há uma grande vantagem nos esgotos...não há pessoas, no metrô poderia haver um ou outro se escondendo. Eu não me importava de seguir o plano dele, era algo sensato a se fazer em nossa situação, já que não havia estratégia definida que devíamos seguir fora a intenção principal, e já que estamos aqui, que seja feito. Acenei concordando mas, de repente, uma moça mais alta do que eu esbarrou em mim e eu dei uns pacinhos para o lado. "Não ousem chegar perto de mim!" . Alpha, sinto os cheiros muito bem. Ela parecia desnorteada, porém nada perdida ,ela logo entrou em posição defensiva e pareceu estudar-nos com os olhos atentos e assustados. Para a sua sorte estamos de máscara. Row rapidamente a imobilizou e a afastou de mim.
Imagino se ela fosse uma ameaça de verdade,digo,olha o tamanho desse cara! Olha! Até grunhiu! Muito irritadinho, ainda bem que não sou, teria sido esmagada - pensei enquanto via cena de braços cruzados.
"Um pouco tarde para avisos prévios, moça" - sem dúvida avisar nesse caos é engolir as palavras de volta com ameaças.
Ali havia muitas pessoas belas e essa Alpha era uma delas, Athena pensou que se um dia pintasse seus cabelos, seria da cor do ébano sem dúvidas. Olhos com heterocromia, era como ver o medo em duas cores, pelo menos nela. Enquanto eu fazia minhas próprias análises uma voz veio do intercomunicador:
"O que acham de fazermos uma "parede" de civil na entrada do templo assim estaríamos protegidos quando a polícia chegar. O ruim seria para escapar, mas poderíamos ganhar bastante tempo para nossos chefinhos e até algumas coisas a mais se fizermos uma grande quantidade de reféns e de bônus não deixaríamos eles escaparem assim facilmente. No entanto se formos fazer isso temos de nos organizar."
Kleiner, o Atira em Sacerdote. O plano dele também se mostrava bom, embora pudesse acontecer alguns tiroteios se algo desse errado nessa parede de civis, gente demais morreria e algum XX poderia ter o azar de estar no lugar errado na hora errada, penso que a polícia não arriscaria a vida de civis, mas isso à longo prazo não é bom, e ainda precisavamos de tempo. Rápido Marte.
"Não sei de quantos civis você precisa, mas seja lá quantos forem, risque um da lista. Vou fazer uma coisa primeiro, encontro você quando terminar."- vai matá-la? Vamos ver até onde vai. Ele prendia a moça contra seu corpo fazendo-a caminhar pra frente em direção ao final do templo.
Ele olhou por sobre o ombro pra mim, certamente queria saber se eu estava seguindo ele. Me lembre de andar atrás de você em horas perigosas com balas por aí, será um belo escudo. Eu faria a "dupla dinâmica" com ele, é "agradável", exceto pelo temperamento, mas disso não posso nem falar. Espontaneamente veio em minha cabeça uma frase que meu pai falava:" Se há uma chance de você fazer algo melhor com alguém do que só, faça." Row pareceu sussurrar algo no ouvido de Sunshine, quero saber por quanto tempo ela vai ser nosso passe de segurança, inclusive seria bom tratar o passe de segurança como gente. Qual o seu nome, moça?
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Post by Thaalya/Hell on Jul 17, 2018 19:47:00 GMT
Thaalya Ômega.XX.S/R
“- O que acham de fazermos uma "parede" de civil na entrada do templo assim estaríamos protegidos quando a polícia chegar. O ruim seria para escapar, mas poderíamos ganhar bastante tempo para nossos chefinhos e até algumas coisas a mais se fizermos uma grande quantidade de reféns e de bônus não deixaríamos eles escaparem assim facilmente. No entanto se formos fazer isso temos de nos organizar. ”
A voz desconhecida cortou meu breve devaneio, desde que a bomba havia explodido, eu me sentia presa dentro de meus pensamentos, mesmo que por um instante. Não demorou para que a voz voltasse a falar, mas dessa vez não era a mesma de antes.
“- Não sei de quantos civis você precisa, mas seja lá quantos forem, risque um da lista. Vou fazer uma coisa primeiro, encontro você quando terminar. ”
Pensei em perguntar o que ele pretendia fazer mas achei ariscado receber uma resposta não muito amigável, e sinceramente, não estava com paciência e nem com cabeça para aquela, até então, imaginaria conversa.
- Me passa a sua localização – falei pelo microfone, no tom mais baixo que pude – Vou ajudar com a barreira, já estou a caminho – puxei meu capuz ainda mais para baixo, afim de ter certeza de que não me veriam.
Caminhei por dentre as poucas pessoas ali presentes, elas observavam a única passagem visível para dentro e fora do templo barrada por uma arvore em chamas. Cautelosamente me afastei de todos, seguindo para a direita, caminho que dava a volta no pátio, a poucos metros havia uma pequena fresta coberta por dois arbustos. Não me admirava que eu fosse uma das únicas pessoas que a conhecia, afinal, eu mesma quase não a encontrei.
Passei por entre os arbustos e caminhei em direção a entrada do templo, esperando a localização da primeira voz.
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Post by ëssaht on Jul 17, 2018 21:17:40 GMT
Já no terceiro andar dentro do prédio do Senado, Marte, Lava e Pranto estavam já muito próximas de seu objetivo. Serpente — escondido seja lá onde estivesse — as instruía com rápidos comandos certeiros, e não tardou para que, após uma ordem de “Agora, à direita”, as três se deparassem com a porta cuja placa dizia Inoet, M.
Foi no momento em que Marte estava com a mão sobre a maçaneta, porém, que Serpente notou algo estranho. Em seus monitores, observou que a porta já estava aberta — e não só aquela, como todas as outras das proximidades no corredor.
Foi então que se deu conta.
“É uma armadilha!”
Mas era tarde demais. As três já estavam dentro do escritório. E, junto delas, o Comandante Ambrose Namsal’a.
— Oh... — O Alpha fingiu surpresa, sentado confortavelmente sobre a poltrona da senadora, os pés apoiados sobre a mesa. — Estava torcendo para que não viessem.
Com o cabelo preso num alto rabo de cavalo e vestindo da cabeça aos pés o uniforme das Forças Armadas, Ambrose parecia perfeitamente tranquilo, os dedos das mãos entrelaçados sobre o colo como se prestes a tirar um cochilo. Mas era claro que estaria assim — mesmo dentro da sala escura, os visores dos rifles dos policiais posicionados ao redor de todo o cômodo refletiam as luzes da cidade em chamas.
— Eu vou lhes dar a opção de se renderem pacificamente enquanto ainda podem — disse ele, tirando os pés de sobre a mesa para, em seu lugar, apoiar os cotovelos. Em seus lábios, um sorriso cínico. — E eu realmente espero que não tentem nenhuma besteira.
Paralelamente, nos arredores do Templo, Messa ainda queimava. Os gritos ainda ecoavam pela noite e as vozes formando estratégias ainda conversavam.
Mas, por um momento, os Insurgentes se esqueceram de tudo aquilo. XX, Infiltrados e até o Alto Escalão — todos paralisados pelo mais breve momento de horror.
Pois, naquele momento, vários disparos foram sentidos. Sentidos na pele de Row, de Athena, e mesmo na pele de Sunshine, aprisionada nos braços de Troverick. O primeiro disparo, com alvo no escritor, raspou o rosto da Alpha logo acima da bochecha, para então, finalmente, alojar-se no ombro do Omega que a prendia. Similarmente, Athena sido acertada no braço, logo acima do cotovelo esquerdo.
A polícia havia chegado e, com ela, a confirmação dos boatos: sua munição era de balas reais. E não era necessário mais nada para que todos chegassem à mesma conclusão.
Estavam atirando para matar.
“Recuem!”, gritou Serpente pelos intercomunicadores de todos os Insurgentes. “Façam reféns e usem-nos de escudo; os policiais não irão arriscá-los!” As ordens eram imediatas; a Insurgência não era páreo para reais armas de fogo. “Corram para os bosques e ativem os flutuadores, precisamos sair dessa ilha o quanto antes! Com qualquer oportunidade, matem os policiais armados! É um ordem! Não hesitem!”
Dentro do Senado, Ambrose levantou uma sobrancelha, esperando a resposta das Insurgentes:
— O que me dizem?
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Nailah
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Omega Triste
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Post by Nailah on Jul 17, 2018 22:23:49 GMT
Nailah já havia percorrido diversas ruas a essa altura, olhando em cada esquina, o desespero crescendo a cada passo. Procurava desesperadamente por qualquer sinal de Hessa, e foi nesse momento que um relance saltou aos seus olhos. De longe ela pode ver os longos cabelos trançados que reconheceria em qualquer lugar, as costas esguias que vira crescer, e como se seu corpo se enchesse com uma força renovada ela se moveu o mais rápido possível em direção a filha. Seus braços ardiam com a necessidade de ter Hessa em seus braços novamente e poder salvá-la, tirá-la do que restava de Messa, caos e chamas. Faltavam poucos passos, tão poucos. Sua voz gritava por cima do tumulto desejando ser ouvida, se esforçando para que suas palavras chegassem até a menina e fossem capaz de amenizar o medo que ela deveria estar sentindo. E sua voz de fato chegara até a jovem, que se virou para a direção de onde os gritos estavam vindo, e com esse simples movimento o sorriso esperançoso que antes estampava o rosto de Nailah se transformou em uma expressão atônita. Não havia um rosto, ou pelo menos não havia um rosto para ser visto pelos olhos da Alpha, e no lugar de onde ele deveria estar, havia somente estrelas que piscavam como se iluminassem o céu noturno. Era essa a imagem que era transmitida pela máscara digital de Hessa.
Seus lábios tremiam enquanto ela buscava palavras que fosse capaz de dizer, mas não encontrava nenhuma. Seus passos haviam cessado e ela só era capaz de olhar desnorteada para a filha, para as estrelas, para a máscara e toda a realidade que com ela se chocava de forma tão intensa que era como se sentisse as colisões na própria pele. Mas antes que tivesse tempo de realmente assimilar tudo o que estava acontecendo na frente de seus próprios olhos, Nailah foi retirada de seu estado de estupor com a chegada de sons que, apesar de nunca tê-los ouvido antes, fizeram com que seu corpo se arrepiasse com a ameaça que chegara junto com os policiais. Os disparos. Sem que a mãe fosse capaz dar um passo sequer, ela observou, horrorizada, enquanto a menina que antes a vira por trás da máscara, agora ia ao chão. E tudo ia ao chão junto com o corpo da criança.
Seu grito ficou preso na garganta, e a rasgava enquanto suas pernas se moviam involuntariamente em direção à filha. As lágrimas escorriam pelo seu rosto e pingavam na poça de sangue que crescia cada vez mais. Com as mãos trêmulas e os joelhos já úmidos com o vermelho que pintava o chão, Nailah lentamente retirava as estrelas que escondiam a face doce de filha, mas atrás da máscara ela encontrou apenas um rosto pálido e inexpressivo. O brilho havia se apagado. O corpo estirado no chão permanecia sem reação, mesmo em meio às súplicas desesperadas e constantes lágrimas da mãe. Sem reação. Sem pulso. Os soluços tomavam conta do corpo da Alpha, que esticava a mão até a testa de Hessa e enquanto sua mão descia até os cabelos da filha, os acariciando, seus pensamentos desciam até o inferno. O seu mundo inteiro girou e se partiu em segundos. Tudo que ela amava, tudo que ela queria proteger e todo o brilho que havia em sua vida de repente era apenas uma mancha escura e vermelha. E havia dor. A dor que não conseguia colocar em palavras. A dor que queimava e a matava por dentro. Não tinha tempo para pensar no ódio, na fúria contra aqueles que tinham autorizado o uso de armas letais com a intenção de matar, pois sua mente apenas fervia em dor e desesperança. Os gritos de horror e agonia que rasgavam sua garganta não eram capaz de aliviar nenhum dos seus sentimentos, não eram capaz de mudar o presente. Se ao menos ela pudesse ir no lugar da filha. Se ao menos Hessa pudesse voltar, a mãe não hesitaria em ceder seu lugar no mundo para a criança. Se ao menos… Mas nada disso era possível. Tudo o que Nailah tinha forças para fazer era deitar-se ao lado da filha e, em meio ao sangue, envolvê-la num abraço vazio, presa em um momento que retirara tudo dela e não permitira nem ao menos uma despedida.
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sunshine
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Omega Triste
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Post by sunshine on Jul 17, 2018 22:50:12 GMT
SUNSHINE | 26 ANOS | NEUTRA | ALPHA LOCAL: MESSA — TEMPLO | SOCIALIZAÇÃO: Athena & Row
O primeiro de tudo era manter a calma, poderia tentar fugir quando vacilassem... E eles iriam, uma hora ou outra. Sunshine também não era mais a garotinha que deixou-se ser invadida sem lutar ou uma criança que choraminga quando as coisas ficam difíceis. Ela mudou, cresceu e evoluiu, tinha determinação e habilidade para escapar dessa. Ela poderia lidar com isso. Porém não era fácil. Ter aquele homem tão próximo era aterrorizante, estava prestes a ter um treco caso não controlasse bem os nervos.
Se fosse alguns anos atrás, Sunshine não teria medo — não permitia-se sentir medo. Toda santa manhã, ao acordar, repetia como um mantra: não terei medo. Mas aquilo não tratava-se apenas dela. Como sua mãe estaria? E se na correria, desmaiasse e a pisoteassem? Não queria imaginar! A ruiva ficaria bem, alguém a ajudaria, alguém precisava ajudá-la!
Com um inspirar profundo e um expirar lento, tentou conter as batidas descontroladas de seu coração e raciocinar, porém era impossível com ele segurando seus pulsos e quando as primeiras falas a atingiram, Sunshine tremeu. Ele não a faria mal, não é? Havia bondade nas pessoas, mesmo lá no fundo, sempre havia um fiapo.
Tinha que haver naquele homem.
Entretanto as próximas palavras não contribuíram positivamente para o lado de Sun. Como assim riscar um da lista? O que ele faria? Morreria ali, sem uma oportunidade de abraçar seu pai e seus irmãos? Com a lembrança que foi fraca e não pôde acurdir aquela que a presentou com a vida?
Os questionamentos surgiam sem descanso e sinceramente, a apatia penetrou-a tão profundamente, que movia-se sem assistir o caminho que tomavam quando foi sacudida, mas acordando do transe unicamente com o aperto dado minutos depois.
— Meu nome é Sunshine Zolerii — sussurou ela, tornando a cabeça para ver o mascarado, encarando a imensidão azul de seu atacante firmemente. — Mas não faz diferença se meu nome é Sunshine, Igrette, ou Cachorra. — entredentes concluiu. Não deveria mostrar-se temerosa, eles usariam-se das fraquezas que revelasse. — E eu não me importo com o que irão fazer a mim, façam o que quiser comigo. Apenas... — a voz falhou e Sunshine amaldiçoou-se por dentro. Balançou a cabeça negativamente, desviando os olhos para o chão. Ela não choraria! — Não firam um dos seus. — as madeixas escuras serviam de cortina à face. No fundo, falava aquilo por sua mãe. — Qual a finalidade de haver um coração em cada um de nós, se sequer fazemos uso deste para pouparmos os nossos iguais de sofrimentos capazes de serem evit- — a alpha parou logo que a dor aguda instalou-se na bochecha, não sabendo de onde originava-se. Erguendo a cara, não demorou para constatar a polícia armada com balas. Balas de verdade. Oh, não... Aquilo foi um tiro?
Sem muito ponderar, buscou debater-se bruscamente para sair da posição que estava e com o afrouxo do domínio do homem, tentou correr, mas este puxo-a de novo rumo a si. Puta que pariu! Queria voltar para a multidão que dissemelhante a ela, tentava sair, pois naquele noite a morena possuía apenas certeza de três coisas: todos estavam loucos, ela estava no inferno e estava disposta a enfrentá-lo por quem amava.
Alternou o olhar entre a íris azulada e os policiais, como se esperasse algo novamente.
Iria atrás de sua mãe!
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ëssádica
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ALPHA BOM É ALPHA MORTO
XX
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Post by ëssádica on Jul 17, 2018 22:50:26 GMT
Gautier atravessou os portões do templo sabendo que poderia não sair viva.
Tarde e noite se mesclaram e os rostos ao seu redor pouco passavam de borrões de cor sob as luzes extravagantes - A mente da Infiltrada concentrada demais nas instruções e planos e possíveis variáveis para se preocupar em lembrar o rosto dos que se aproximavam para roubar seu tempo.
Estranhamente, ela se sentia tranquila.
Em um mar de vermelho e amarelo e verde, de pé em frente aos sacerdotes de uma religião decadente por entre as paredes de um monumento erguido em nome de tudo que ela veio à desprezar, ela viu-se tranquila. A dúvida em relação aos métodos que ela viria a utilizar e os medos em relação sua primeira missão em campo enterrados sob cores inebriantes e o peso de sua arma em seu quadril. É uma pena que civis irão se ferir, entretanto.
Ela tenta se convencer de que essa é a coisa certa a se fazer, se pergunta se seu professor estaria orgulhoso dela, caso viesse a saber.
Gautier ergue a cabeça ao som de tiros, encarando as figuras dos sacerdotes sobre o mar de pessoas desesperadas - E se ela se permite um momento para rezar antes do caos, ninguém precisa saber.
A figura da omega some por entre o mar de gritos e emerge com uma cabeça de chacal no lugar de seu rosto e um alvo em mente.
※
Usar o Sacerdote Omega como refém provavelmente causaria caos, não?.
Encontrá-lo foi surpreendentemente fácil no mar de pessoas; ele não parecia ter saído muito do lugar, em choque, olhos arregalados e corpo pequeno tremendo como se a menor das brisas pudesse carregá-lo. A rebelde envolveu o pescoço do sacerdote com seu braço, mãos enluvadas cobrindo-lhe a boca e sacando sua arma - Balas de borracha, sim, mas não que ele saiba.
- Desculpa por isso. - Ela ousou dizer, soando mais sincera do que gostaria considerando a situação atual. - Não faça nada brusco e eu não vou te machucar.
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kleiner
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Omega Triste
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Post by kleiner on Jul 17, 2018 23:05:09 GMT
Não demorou muito para que ouvisse algumas respostas.
”Não sei de quantos civis você precisa, mas seja lá quantos forem, risque um da lista. Vou fazer uma coisa primeiro, encontro você quando terminar.”
— Pretendo só dá a nós insurgentes um pouco mais de segurança. Os civis que encontrarem dando sopa por ai leve para o mais próximo da entrada do templo.
“Passa-me a sua localização. Vou ajudar com a barreira, já estou a caminho.”
— Estou próximo ao pátio, mas como disse indo para a entrada do templo — respondi para a voz feminina — Encontro vocês lá.
Retirei minha arma definitivamente.
Você não vai voltar tão cedo para meu coldre.
Antes que eu pudesse se quer pensar no que fazer em seguida a voz de Marte ecoa no meu ouvido:
“Recuem! Façam reféns e usem-nos de escudo; os policiais não irão arriscá-los! Corram para os bosques e ativem os flutuadores, precisamos sair dessa ilha o quanto antes! Com qualquer oportunidade, matem os policiais armados! É uma ordem! Não hesitem!”
— Droga!
Fiquei meio indeciso sobre o que deveria fazer, acho que meu plano foi por água a baixo. Tinha muitos civis correndo por ai, mas antes resolvi ir pegar alguns quitutes, porque nada melhor do que comer pra colocar a cabeça no lugar, só que as mesas estavam reviradas, as comidas todas espalhadas no chão, dava até dó de pisar.
É não restou nada. Dentre as mesas vi um ser de cabelos brancos agachado.
— Hey paradinha ai, ou bem... Vamos ver o que vai acontecer — falei pausadamente esperando a reação da garota. Apontava minha arma para ela com os dedos no gatilho.
É você vai ter que servir como minha refém hoje, pensei.
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ankmare
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Post by ankmare on Jul 17, 2018 23:39:25 GMT
ANKMARE SINTRAX / ÔMEGA / INFILTRADA No momento em que o Alto Sacerdote deu início ao seu discurso Ank estava pronta para dar o bote. Estava pronta desde o momento em que reconheceu o Alpha em meio ao grupo de pessoas que formara ao seu redor. Já o tinha visto antes, se esfregando contra uma garota que não devia ter mais que 13 anos, ela em pânico, ele em êxtase. Sentia que conhecia o emprestável ao qual estava beijando como a palma da mão, era o pior tipo de homem, todos tão porcos e mintirosos que sentia nojo de si por deixa-los tocarem nela. Mas se eles não sabiam como fazer para que a porra de suas mãos se mantivessem longe dos corpos de garotas inocentes... ela os ajudaria com isso. Nunca mais tocariam em nada, ao menos esse não.
Apesar de seu corpo acompanhar os movimentos dele, sua mente estava longe, concentrada nas falas do sacerdote, somente esperando o momento certo, sua própria mão roçando a adaga que havia escondido por entre as camadas da veste que usava. Parou por um momento para prestar atenção no alpha e o ódio em seu peito borbulhou. O desgraçado era bonito, muito bonito, alto e musculoso, o rosto emoldurado por cabelos loiros e olhos claros, teria facilmente qualquer mulher que desejasse - e ainda assim não era o suficiente.
Então o momento que aguardava com tanta expectativa chegou, o sacerdote terminou a fala e menos de 2 segundos depois o caos tomava conta - um tiro, gritos - e enfim golpiei-lhe o pescoço, me afastando para olhar em seus olhos.
- Te vejo no inferno - sussurrei, atirando-lhe ao chão, aproveitando a distração para colocar a máscara na face, escondendo minha própria identidade.
Ali no meio da multidão eu não passava de mais um rosto em meio a tantos outros, mas não estava desesperada, não estava assustada, eu... só estava ali. Não era burra, sabia que tinha que distrair, causar o caos do lado de fora para que aqueles que estivessem dentro do templo pudessem conseguir o que viemos buscar, mas me permiti um momento de alívio por tirar do mundo mais um crápula como o que acabava de agonizar no chão, sendo plenamente ignorado por aqueles que corriam por ali em desespero. Não era ele quem ela queria, mas enquanto não o tivesse em suas mãos aquilo teria que bastar. Não permitiria se sentir mal pelos inocentes que estavam sendo pegos no fogo cruzado, a irmã dela também tinha sido e nenhum deles se importou. Era o que dizia para si mesma enquanto corria por entre a multidão, acertando e golpeando estranhos que nunca lhe fizeram mal algum, que só estavam no lugar errado e na hora errada. O seu consolo era que nenhum ferimento, além do alpha estuprador, foi mortal, era apenas algo para se distrairem... durante alguns dias.
Seu comunicador avisava vez ou outra sobre as estratégias que estavam sendo adotadas, mas não podia dizer que se importava muito, ela preferia trabalhar sozinha, menos chance de dar errado. Então algo lhe chamou atenção e passou a prestar mais atenção no que estava sendo dito.
“Recuem!”, era gritado em tom estridente pelo intercomunicador. “Façam reféns e usem-nos de escudo; os policiais não irão arriscá-los!”. Por um momento achei que o coração ia saltar pela boca, a polícia havia se envolvido cedo demais, isso não estava nos planos, definitivamente, mas as ordens eram claras e a mensagem por trás também, eles estavam dispostos a matar. “Corram para os bosques e ativem os flutuadores, precisamos sair dessa ilha o quanto antes! Com qualquer oportunidade, matem os policiais armados! É um ordem! Não hesitem!"
Tentou organizar os pensamentos, traçar algum plano, mas a mente estava em branco, céus. Respirou fundo algumas vezes e se concentrou no que lhe foi ordenado, um refém, precisava de um refém.
Correu os olhos pelo lugar, em busca de alguém que fosse capaz de carregar ou ao menos arrastar por ali, os tiros ecoando por toda a parte, cada vez mais perto, então seus olhos pararam em uma cena de cortar o coração, uma mulher aos prantos se encontrava agarrada ao corpo de... uma de nós. Essa constatação lhe tirou o ar, coogitou se aproximar e lhe dar conforto, mas no fim tudo o que fez foi arrancar aquela mulher de perto do corpo da garota, nao poderia jogar aquela oportunidade fora, iria usa-la como refém, mas como um gesto de misericórdia não deixou que olhasse por mais tempo para a garota, não era tão sadica e sabia o quanto doía perder alguém, mas tê-la como refém poderia significar se salvar e ela não morreria tão cedo.
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row trovick
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Omega Triste
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Post by row trovick on Jul 18, 2018 1:10:04 GMT
ROW TROVICK "A PROSTITUTA DE IALANA" ▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮▮ 28 ANOS | REBELDE | ÔMEGA ━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━ ❝Os verdeiros monstros estão aí. Abra os olhos e veja por si mesma.❞ ━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━
LOCAL: MESSA — CORRENDO PARA O BOSQUE | CIRCUNSTÂNCIA: Com medo de tomar tiro no cu Interagindo com SUNSHINE e ATHENA.
A caminhada pelo templo não durou mais de alguns poucos minutos. Todo o tempo Row se certificava de que a desconhecida de cabelos negros e brilhantes estivesse suficientemente presa em suas mãos, e, aos poucos, permitira-se observar suas vestes; seu vestido púrpura e suas tranças que caíam até certa altura de suas costas, deixando-a genuinamente atraente. Ele tinha de admitir. Sobre seu ombro ele pode ver Athena perguntar o nome da desconhecida, seguindo-o com o que ele julgou ser curiosidade. Então, a desconhecida virou-se para ele e Row pode mais uma vez fitar seus olhos heterocromáticos e vibrantes. Ele estava acostumado a ver humanos modificados por todos os lados, mas nunca se acostumava em vê-los tão de perto. Mal pareciam reais e ele se questionou se ela os tinha modificado ou se simplesmente nasceram daquele jeito.
Quando a garota disse seu nome, olhando em seus olhos, não estava com o mesmo medo que vira quando ela esbarrara em Athena. Ela estava fingindo, escondendo o que pensava e sentia, temendo que Row e Athena pudessem fazê-la mal. Sun engatou em palavras confusas onde sua voz antes segura de si, mostrou pequenos sinais de que começaria a falhar em breve. Queria chorar, mas esforçava-se do contrário e por isso ele atribuiu pontos a coragem da moça. Principalmente pelo palavreado pouco convencional.
— Já que não te importa como te chamam, a partir de hoje será nomeada como "Bichinho". — E dito isso, devolveu o mesmo olhar firme que ela dirigia a ele. — Sem querer ser sincero demais, mas a maioria das mulheres não se importam com o que faço com elas e nem com como eu as chamo. Então, não está me surpreendendo, Bichinho.
Row viu quando Sunshine desviou seus olhos dos deles. Estavam úmidos e ela tentava fracassadamente impedi-lo de ver o inevitável.
— Não estou ferindo os meus. — Ele suspirou. Pensando na perda de todos aqueles que estavam no templo hoje, de todos os alienados que não viam a verdade diante de seus olhos, Row murmurou — de que lhe serve o coração quando te tentam sugar a alma? Os verdeiros monstros estão aí. Abra os olhos e veja por si mesma.
Trovick parou. O que veio a seguir não fazia parte do plano, mas ele bem sabia que poderia vir a acontecer. Foi como se tudo estivesse em câmera lenta, nada fazia sentido. A dor era a única coisa que ele sentia. Mesmo os barulhos de tiro não podiam ter sua atenção agora. Seu ombro gritava, assim como Row. E não só ele. Athena e Sun também. Seu ombro esquerdo tinha sido atingido, mas Row fazia o máximo esforço que podia para não soltar Sunshine de seu aperto ao mesmo tempo que buscava sua arma no cós da calça. As balas eram de borracha. Mas quem além dos Insurgentes poderia saber disso?
Antes que a próxima enxurrada de tiros começasse, Row empurrou Athena para as pilastras do templo mais próximas. Urrou de dor, mas manteve-se atrás de Sun, caminhando na direção das pilastras com rapidez enquanto pressionava a arma segura em sua mão boa contra a testa da Alpha, incentivando-a a cooperar com ele.
— Não se mova!— sussurrou ele para Sun quando esta tentava desesperadamente debater-se contra ele. — Se tentar, eu mesmo explodo sua cabeça.
Ignorando a dor lancinante em seu ombro esquerdo, Row chegou até a pilastra onde já se encontrava Athena. Com uma sacudida virou Sun para encarar novamente seus olhos azuis, pressionando o corpo contra o dela e sujando-a de seu próprio sangue. Foi com pesar que Row constatou que ela havia sido atingida de raspão. Seu olho estava inchado, fazendo esforço desmedido para manter-se aberto. À frente a polícia os certava, e não havia meios de sair daquilo sem uma refém. Agora eles dependiam dela e quisesse ela ou não, teria de entrar no jogo.
— O vestido! — Ele anunciou. — Rasgue algumas tiras e enfaixe meu ombro rápido! Mas não tente dar uma de espertinha, Bichinho. Se eu morrer, levo você junto! — Row esperava que suas palavras não se tornassem reais e com uma rápida olhada para Athena, indicou-a com a cabeça. — Você também, Athena. Está perdendo sangue. Não há mais nada para se fazer aqui, temos que correr.
Ele lançou um último olhar impaciente para Sun e enquanto começava a mover-se dali, partindo com ela e Athena para a próxima pilastra, afastando-se da polícia, vociferou:
— Agora!
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