Uni
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Omega Triste
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Post by Uni on Feb 2, 2018 18:34:09 GMT
Assim que os policiais saíram correndo na direção oposta, Iestai engoliu o suspiro sofrido desesperado.
Percebendo se não havia ninguém por perto e aproveitando a fumaça que começava a chegar à área, colocou novamente a mascara de gato (seu codinome) e retirou a calça rasgada e a amarrou no braço cortado. Limpando as mãos no seu short preto (agora com um pouco de sangue coagulado).
“Gato, preciso de apoio. Na entrada, agora.”
- Entendido. – Respondeu rapidamente e logo se dispôs a correr em direção ao templo.
Em meio a fumaça e com o resto de pessoas correndo, se xingou mentalmente por ter jogado sua faca fora. Enquanto corria, viu um pedaço de madeira bastante grosso e de tamanho mediano. “Não deve ser a melhor coisa para se defender mas deve servir para bater forte em alguém”, pensou enquanto batia a madeira na palma da mão.
- Ren, estou chegando, porém perdi minha arma enquanto despistavas os guardas do fundo.
Olhando para os lados e graças a sua mascara, mesmo com muita fumaça, voltou a correr rapidamente para a entrada do local majestoso e que agora, poderia cair em ruínas com fumaça e destroços.
Perto de uma das entradas, se escondendo atrás de um canteiro alto de flores, conseguiu ver dentro do local sagrado, vendo algumas figuras que julgava ser policiais ou seguranças, mas não vendo especificamente ninguém da Ordem.
- Então docinho, tem um plano de ataque ou só vamos como o coração mandar? E alias, tenho uma tora de madeira agora.
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Post by ëssaht on Feb 2, 2018 19:25:06 GMT
Nos braços de Li-He e Evangeline, Imilia, a Alta Sacerdotisa Beta, permanecia desacordada. Alguns cortes e queimaduras superficiais se mostravam em seu rosto e braços, mas era claro que o real problema era sua perna, atravessada na altura da coxa por um enorme estilhaço de metal, além de torcida de maneira não natural.
“Dirijam-se para a região sul da cidade, para os bosques sagrados”, novamente, foi a voz de Serpente que veio. O sinal dessa vez era aberto para todos os Insurgentes, para que todos soubessem a rota de fuga e o que fazer. “Despistem qualquer um que tente segui-las. É inadmissível que sejamos emboscados e percamos posse de nossos flutuadores”, ordenou. “Fique com a sacerdotisa e use-a como necessário para conseguir vantagens.”
Enquanto isso, dentro do templo, os guardas avançavam na direção de Gautier, de posse de porretes e armas. Enquanto um tentou um golpe com o porrete na direção de sua cabeça, outro atirou-lhe uma bala de borracha contra seu ombro direito.
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Post by Beico on Feb 2, 2018 19:33:30 GMT
Sem nenhum tipo de proteção e enclausurado dentro do templo, Ahriat não conseguia respirar. Sua visão estava turva não apenas devido à fumaça, e, a cada inspiração desesperada, uma onda de tosse se seguia. Aliada ao medo, à dor e aos tremores, a falta de ar dificultava ainda mais que ele conseguisse pensar em alguma rota de fuga — ou que pudesse pensar em qualquer outra coisa que não seu desespero.
Eles vão nos matar, eles vão nos matar, eles vão nos matar.
Eos não estava muito diferente. Tentando a todo custo sair do meio de toda aquela confusão, os dois tropeçavam abraçados na direção do interior do templo. Com sorte, apenas o Grande Salão estaria infestado pela fumaça, e ambos sabiam que haveria onde encontrar abrigo mais para dentro da construção.
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ëssádica
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ALPHA BOM É ALPHA MORTO
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Post by ëssádica on Feb 3, 2018 19:21:38 GMT
Ren engoliu sua resposta ao desviar do golpe de porrete, mas só ouvindo o som do tiro quando já era tarde demais.
- Porra-- - A infiltrada mordeu seus resmungos diante da dor irradiando de seu ombro esquerda. Ela se jogou de corpo inteiro contra o guarda mais próximo, derrubando-o contra o outro guarda armado. - Vai na fé, meu anjo. - Ela riu, levemente sem ar, trocando sua lâmina para a mão direita. - Preciso que distraia esses guardas.
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caterinne
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Omega Triste
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Post by caterinne on Feb 3, 2018 22:39:48 GMT
Enfim via o seu tão amado ídolo de perto era a primeira vez que o via pessoalmente e não podia estar tão encantada com a beleza que ele possuía, todos os seus gestos e palavras incrivelmente belos e elegantes. Caterinne não podia tirar os olhos dele, prestava atenção em cada palavra que anunciava e esperava que os rebeldes ouvissem. — Com certeza esse discurso inflamara o coração de todos eles.
A garota estava próximo ao púlpito e também rodeada de pessoas assim como seus colegas que estavam do seu lado.
Ahriat terminou o discurso.
E quando ele se virou um barulho ensurdecedor, era uma bomba.
O corpo de Caterinne se comprimiu severamente sendo arremessado para trás, ao cair em uma velocidade tremenda a garota sentia extrema dor, aparentemente boa parte de seu corpo sofria queimaduras altas.
Ainda consciente, se nada lhe salvasse era o seu fim! Parece que a esperança da bela jovem omega se foi.
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Uni
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Omega Triste
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Post by Uni on Feb 3, 2018 23:27:56 GMT
Iestai soltou o ar do pulmão com os olhos fechados e voltou a abri-los rapidamente. Puxando o maximo de oxigênio que conseguia, saiu gritando até a entrada a fim de atrair a atenção dos guardas.
Mesmo que seu braço estivesse machucado, seu corpo liberava tanta adrenalina que a Omega não sentia mais nada, só uma agitação descomunal e uma pequena dor de cabeça provida do grito que acabara com sua garganta provavelmente. Sua gritaria atraiu alguns dos guardas que estavam próximos de Ren e Iestai correu sem pestanejar para cima deles. Brandido sua tora de madeira, mirava sempre nos pescoços desprotegidos daqueles homens com cassetetes de madeira e se mantinha longe o suficiente dos que possuíam armas com balas de borracha. - Não posso avançar muito daqui. - disse e desviou de um golpe de um soldado e revidou na mesma velocidade, batendo em sua barriga com força e depois chutando, fazendo com o que caísse – Consegue seguir?
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evangeline
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Post by evangeline on Feb 4, 2018 0:04:59 GMT
Evangeline, claramente desgostosa com a situação, não conseguia parar de tremer, assustada com o cheiro incessante de sangue. Sua própria roupa parecia manchada, grudando ao lado de seu corpo.
Sem resposta da outra e sem uma forma de comunicação, Evangeline engoliu em seco e tentou respirar fundo. Precisava ficar calma, concentrar-se em não desesperar. A situação não era boa, haviam entrado para a história de Edom.
Queria ser conhecida pela mulher que salvou a vida de Imilia e não a que terminou.
Para isso, calma.
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Post by Li-He Zheijián on Feb 4, 2018 0:42:36 GMT
Ao mesmo tempo que agradecia a resposta, era outro fardo ter de carregar simplesmente a Sacerdotisa Beta até uma área sem que ninguém nos veja. Por um momento, desejei ter mais das bombas do Coelho só apra poder escapar do infortúnio. Me virava para a outra garota.
"Já veio aqui antes?" dizia em tom imperativo. "Como já vi que você também é da Insurgência, muito prazer, Li-He" comentava rapidamente. "Me diga por Bettenou que você sabe chegar até os bosques sagrados". Ola em volta, um tanto ansiosa, de olho na aproximação de guardas ou outras pessoas para que não nos seguissem.
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kleiner
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Omega Triste
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Post by kleiner on Feb 4, 2018 16:57:53 GMT
Kleiner só conseguia observar: pessoas correndo, algumas esparramadas pelo chão, ouvia os gritos de tensão e desespero o lugar parecia um cenário de guerra. Ele não sabia do procedimento com as bombas, provavelmente obra do líder da I.O.C.O que parecia para ele um pouco impassível e violento, isso o deixou um pouco nervoso devido ao seu perfeccionismo, não saber o plano em mínimos detalhes o deixava sem reação. Percebendo que a bomba de gás se alastrava ali no meio do pátio, decidiu se dirigir até a entrada do templo, para diminuir o fluxo de guardas que entrava, Kleiner primeiro se escondeu atras de um arbusto, devido a escuridão da noite seria muito difícil os guardas percebê-lo ali, e enquanto eles se afastavam ele com sua arma, armada com balas de borracha, atingia as pernas dos guardas imobilizando-os, tomando cuidando para não atingir civis essa ação dele fez com que alguns guardas fossem procurar de onde viam os tiros, ele sempre atirava e se movia para uma direção oposta, lógico que nem todos caiam na armadilha, porque a maioria dos guardas se dirigiam rapidamente para templo, então as baixas que Kleiner conseguiu foram poucas mas ainda assim conseguiu distrair alguns.
De repente uma nova ordem foi dada: ”Dirijam-se para a região sul da cidade, para os bosques sagrados“
Não estava longe da saída mas precisava tomar cuidado para que ninguém o seguisse.
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ëssádica
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ALPHA BOM É ALPHA MORTO
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Post by ëssádica on Feb 5, 2018 1:46:51 GMT
Ren pôs distância entre si e os guardas assim que Gato apareceu em seu campo de visão, hesitando por um breve momento; desarmada, as chances dela se ferir aumentavam exponencialmente e este não era um pensamento confortante. Mas, ao mesmo tempo, não à muito que a Infiltrada possa fazer além de seguir o plano e esperar pelo melhor.
- Cuidado, Gato. - Riu-se. - Não queremos baixas hoje. - A mulher deu alguns poucos passos para trás antes de se virar e correr atrás dos sacerdotes Alpha e Omega.
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Post by ëssaht on Feb 6, 2018 0:03:30 GMT
Com toda a barulheira e fumaça ao redor, os Sacerdotes, que mancavam juntos ainda mais para o interior do templo, não notaram a aproximação de Gautier. Por outro lado, Iestai encontrava-se em desvantagem contra todos os guardas, e um deles acertou-lhe um soco contra as costelas.
Enquanto isso, no subsolo, Marte revirava o que parecia ser um depósito de documentos. Mas o tempo era curto e os arquivos eram muitos, e ela se via mais e mais frustrada a cada segundo que se passava. Todos os cinco membros do Alto Escalão sabiam o que procuravam: uma pasta contendo escrituras antigas, na mesma língua daquele recuperado pelos Insurgentes. E mais — um dicionário capaz de traduzi-los.
Todas as pistas apontavam para a existência de tais documentos e dicionário. Eles sabiam que existiam. Mas precisavam encontrá-los.
E onde estavam os outros imbecis?
Mas, por um instante, os Insurgentes se esqueceram de tudo aquilo. XX, Infiltrados e até o Alto Escalão — todos paralisados pelo mais breve momento de horror.
Pois, naquele momento, vários disparos foram sentidos. Sentidos na pele de Neha, que se pensava escondido atrás de uma árvore, e na pele de Li-He, com a Sacerdotisa nos braços. Nele, uma bala alojada contra o ombro esquerdo e, nela, outra que perigosamente raspou-lhe o rosto logo acima da bochecha, mas milagrosamente não acertou o olho.
A polícia havia chegado e, com ela, a confirmação dos boatos: sua munição era de balas reais. E não era necessário mais nada para que todos chegassem à mesma conclusão.
Estavam atirando para matar.
“Recuem!”, gritou Marte pelos intercomunicadores, após ter sido informada da situação do lado de fora por Serpente. “Façam reféns e usem-nos de escudo; os policiais não irão arriscá-los!” As ordens eram imediatas; a Insurgência não era páreo para reais armas de fogo. “Corram para os bosques e ativem os flutuadores, precisamos sair dessa ilha o quanto antes! Com qualquer oportunidade, matem os policiais armados! É um ordem! Somos nós ou eles; não hesitem.”
E então, no sinal próprio do Alto Escalão, rosnou: “Coelho, Morgoth, onde estão vocês?”
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alistois
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Alistois screams for help
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Post by alistois on Feb 6, 2018 0:33:26 GMT
Nada condizia com o plano, Alistois percebera. Isto é, por mais que tentasse esvaziar as ruas, elas continuavam cheias com corpos ensaguentados espalhados pelo chão. As explosões do esquadrão I.O.C.O foram bem sucedidas, mas levaram muitos inocentes com elas. Não que Alistois realmente se importasse - o que estava feito, estava feito. Nada voltaria no tempo. Tentaria salvar o máximo de pessoas que conseguisse e o resto? Bem, o resto é resto.
Em sua missão de salvar inocentes e abrir caminho, Alistois encontrara um momento de silêncio. Não durou mais que dois segundos, porém, foram suficientes para fazer seu coração bater pânico e sua respiração falhar-lhe os pulmões. Aquele silêncio era apenas o tapete para a marcha ao longe ser escutada. Aproximava-se com força, reverberava o caminho inteiro. E aí, aquele cheiro. Era único, indiscutível a quem pertencia. Era tão bom quanto mortífero. Ele sabia muito bem disso. Ambrose chegara com toda a sua glória, deixando um Alistois parado a observá-lo de longe.
Isso era ruim, era péssimo.
Já ouvira histórias sobre aquele homem, já o vira em ação. Nada em Edom requeria tanta força dele, mas, sua autoridade era inquestionável. Perante um momento como esse, o que seria capaz? O Omega se viu ofegante, beirando desespero. Tinha que ir para o templo, mas, ir para o templo e enfrenta-lo? Sua presença arrepiava Alistois, dos pés a cabeça. Tinha que agir, rápido. E decidiu correr até qualquer carro em alguma estrada paralela, onde os olhos militares não alcancem, para tentar uma ligação direta. A melhor forma de ajudar a Insurgência, era roubar a porra de um carro.
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Ebonee
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Post by Ebonee on Feb 6, 2018 0:41:08 GMT
"Coelho, Morgoth, onde estão vocês?" A voz de Marte era munida de uma ferocidade incontestável. E se ouvi-la pelos intercomunicadores era mais que suficiente para causar arrepios a qualquer um, Ebonee precisou cerrar os punhos contra as paredes de pedra da escadaria para evitar tropeçar nos próprios pés, pois a ferocidade de Marte não fora apenas ouvida como também sentida em cada fibra de seu ser, seu rosnado ecoando por todo o subterrâneo feito uma leoa enfurecida.
"Aqui." Foi o que respondeu, curto e objetivo, antes de unir-se à líder na busca de quaisquer sinais de escrituras antigas semelhantes às que já estavam sob posse da Insurgência.
Por sorte, havia chegado bem a tempo de atender o chamado imediato de Marte, caso contrário, estaria legitimamente fodido. No entanto, ainda que soubesse o que procurar, não fazia ideia de como nem onde encontrar. A quantidade de arquivos presentes ali era absurda, o que só dava ainda mais razão ao tom demandante utilizado por Marte.
Eles não tinham tempo.
Praguejando para todos e ninguém em especial, Ebonee direcionou seu intercomunicador a Morgoth: "Cadê você, seu gato inútil?! Precisamos de alguma bugiganga sua pra encontrar essa merda, então arrasta a tua bunda pra cá antes que eu te exploda!"
Depois, apressado, mudou a linha de comunicação para os membros de seu esquadrão: "NÃO ME FAÇAM SUBIR ATÉ AÍ PRA SALVAR A BUNDA DE VOCÊS, OUVIRAM?! ESCUTEM A COBRA MALDITA E ENCONTREM UMA ROTA DE FUGA!" Depois de uns segundos de hesitação, prosseguiu: "E, por favor, tomem cuidado."
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nehaamrita
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Post by nehaamrita on Feb 6, 2018 0:55:12 GMT
Ficar correndo dos guardas não era exatamente a ideia do Omega de diversão. Mas sem armas e com o braço direito doendo do impacto anterior, era o que tinha. E era isto que era, normalmente. Uma distração; embora em outras vezes, conseguisse ser mais produtivo. Notou o número de perseguidores diminuir, porém, com o tempo. Algo deveria ter acontecido, ou algum outro da Insurgência agira pra chamar a atenção deles. Com só dois no encalço do rapaz, foi mais fácil desviar-se por um beco e sumir de vista de vez, deixando-os passar quando, na verdade, só tinha se escondido atrás de caixas empilhadas.
Sem garantias, contudo, tinha procurou sair da linha de visão geral em um embrenhado de árvores próximas, decidindo esperar um pouco. Ouvira a voz de Li-He e de Marte em meio à perseguição anterior, mas não conseguia dizer que absorvera tanta informação. Bosques sagrados…? Aproveitou para ver onde ficava aquilo no mapa, no momento de solidão. Descobriu que tinha que seguir na direção geral do sul, e não deveria ser muito difícil de encontrar.
Foi tirado dos próprios pensamentos pelo som de disparos repentinos, somados à uma dor aguda no próprio ombro de quem sequer estava pensando em se desviar de balas de verdade.
A polícia. A verdadeira, não só guardas estacionados.
Cambaleou com o ferimento, não se deixando cair na grama, embora seus nervos ardessem e a resposta do próprio corpo o deixasse tonto. A dor e o sangue eram reais. E era quente. Tirando o lenço do próprio rosto com o mínimo de irritação, o pressionou contra o machucado do ombro esquerdo. Não sabia se era suficiente para estancar, e com um braço inutilizado e outro doendo, seria tudo menos útil.
Mas tinha que tentar.
A beleza do desespero, não era mesmo?
Precisava correr, se o tinham na mira. Então sem pensar duas vezes, foi por entre as árvores, seguindo para ruas mais espaçadas, onde poderia haver mais gente. Não estava em um terço da velocidade de antes, mas ela possuía algumas barracas de comida. E em uma delas… Faca. Uma faca de cozinha, usada por alguém que estava cortando algum tipo de carne, e tinha abandonado o local. Foi só pegá-la que se jogou atrás da barraca no instinto, sentindo mais do que vendo outro disparo passar por cima de si.
Eles querem matar de verdade, ou só nos prender…? Duas opções ruins, Neha. E prender é pior que morrer. É longe... E com isso...
Tinha o lenço pressionado no machucado com a mão que segurava a faca. O sangue não se estancaria tão fácil, se ficasse em movimento.
Recolher o líquido ali também não é a melhor ideia do dia.
Os pensamentos que vinham poderiam ser engraçados, se o caminho para o bosque não fosse uma corrida relativamente grande. O sorriso na própria face se tornara menor, entretanto, ainda estava presente. Falou no intercomunicador, já que apesar de tudo, não estava realmente sozinho. Teve que se lembrar disso com a simpatia dos gritos do Coelho; dessa vez, algo que escutou. — Me atingiram. Vou tentar chegar lá, mas quem estiver pelo centro, eu agradeceria uma mão. Se eu for deixar nas da deusa, acho que não vai dar certo. — Não tinha sarcasmo no tom, embora claramente a última parte não fosse séria. Dava para ouvir algum esforço nas palavras, também.
Havia um policial se aproximando. Deveria ser o que atirara em si, repetidamente. Respirado fundo uma vez pra reunir as próprias forças, largou o lenço, levantando-se com rapidez quando ele estava perto o suficiente. “Não hesitem.”
A lâmina engordurada da faca atravessou o pescoço - um dos únicos pontos desprotegidos - em dois segundos. O próprio sangue respingava no chão, mas era somado a uma quantidade muito maior, vinda do outro. A tirou do pescoço do oficial Beta, voltando a andar aos passos mais apressados que conseguia. Pressionava o machucado só com a mão, agora. Mudança de planos. Iria por ruas escondidas. Um refém provavelmente poderia chutá-lo e sair correndo, naquele estado.
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evangeline
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Post by evangeline on Feb 6, 2018 1:13:47 GMT
Evangeline estava prestes a responder, prestes a se apresentar e dizer que não fazia a mínima ideia de onde os Bosques Sagrados eram. Mas isso fora impedido, não era hora para conversas. Não quando armas reais estavam no jogo e, com elas, não dava para conversar. Ainda mais agora que uma zuniu logo ao seu lado, mas não lhe atingira. Deveria se acostumar, pois logo ficaria surda pelo menos de um ouvido. Apesar de todos esses pensamentos correrem-lhe a mente, não resistiu e gritou de medo.
— Temos de ir embora! - esbravejou, embora isso seja bastante óbvio - A senhora está bem? Consegue se levantar?
Perguntou com urgência, mas sem soltar de Imilia. Apenas virou em direção a Li-He, com o corpo mais baixo agora, e pressa. Como Evangeline tinha pressa. Não sabia como entrou, não sabia como sair. Se a finalidade da Insurgência era que morressem dentro de um templo, de que ela servia? Não sabia o que estava acontecendo no lugar, nem onde se esconder.
Tinha que ter feito essa maldita cirurgia antes, assim não dependia de ninguém.
— Li-He?
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