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Post by Li-He Zheijián on Apr 8, 2018 19:56:01 GMT
Via a pessoa se aproximar, e ficava um tanto apreensiva, porém, não demorava muito para perceber que era um membro do S.C.O.T.I. . Apesar da ajuda dele, pra tentar me levantar, recusava, e respondia direta e reta, um tanto grosseira.
"O transporte está vindo, apenas espere" Eu o olhava de cima a baixo, me recordava de ter se deparado com ele algumas vezes no QG, mas nada além disso. "Eu não me lembro o que aconteceu, só me lembro das explosões"
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kleiner
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Omega Triste
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Post by kleiner on Apr 8, 2018 20:27:18 GMT
Não entendeu a grosseria dela, mas simplesmente acenou com a cabeça. — Disso também me lembro. — Olhou para ela fixamente, apesar de estar ferida ela parece muito bem ou estar querendo dá uma de fortona. De qualquer forma resolveu se apresentar. — Sou Kleiner membro do S.C.O.T. I, prazer em conhecê-las! — Acrescentou. — Rostos familiares, mas nenhum nome me vem à mente. — Sorria gentilmente, aquele sorriso que surge naturalmente quando cumprimentamos alguém.
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Katura
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Post by Katura on Apr 8, 2018 20:50:13 GMT
Não houve nenhuma resposta pelo telecomunicador, porém eu seu Smarthphone ela recebera coordenadas, e com um alívio em seu peito acelerou o veículo para o local indicado no mapa, a poucos quarteirões de onde ela estava. Estava correndo contra o tempo, não sabia o quão grave eram os ferimentos de Li-He, mas quanto mais o tempo passava, maior as chances de que a polícia lançasse outra rajada de tiros na direção daquelas que Katura almejava resgatar.
Porém essas preocupações não puderam ocupar a mente dela por muito tempo pois, em questão de minutos, Katura avistou o rosto asiático que lhe era familiar, apesar de se encontrar parcialmente coberto por um pedaço de pano da cor do kimono de Li-He. Após fazer a curva e posicionar o planador entre os membros da Insurgência e a direção pela qual os policiais vinham avançando, Katura saiu rapidamente do automóvel para ajudar as feridas a embarcar no veículo.
— Entrem no planador, precisamos sair daqui! — E enquanto se aproximava, ela notou a presença de um membro do S.C.O.T.I. que ela não esperava encontrar nem mesmo dentro da Insurgência, quem dirá aguardando para entrar no planador que ela estava pilotando. A máscara em seu rosto não era capaz de ocultar seu odor, e se a situação não demandasse extrema urgência e rapidez, Katura provavelmente encontraria alguns segundos para contorcer o rosto ou revirar os olhos. Ao invés disso, ela apenas ignorou a presença do Alpha e se dirigiu aos outros insurgentes que estavam lá — Li-He? Consegue se levantar?
Com um movimento delicado ela levantou Li-He e a apoiou em Evangeline, que a levaria para dentro do planador, enquanto Katura se dirigia ao corpo inconsciente da Sacerdotisa Beta, para levá-la em seu colo até o veículo.
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Post by Li-He Zheijián on Apr 8, 2018 21:02:39 GMT
Estava prestes a me apresentar para Kleiner, mas ao ver o planador chegando, não tive muito tempo para reações. Ao ver o planador chegando, observava Katura, saindo do mesmo e correndo em minha direção, ao mesmo tempo que um sorriso se desenha em minha boca. Como estava tudo muito corrido e era possível ouvir o som dos guardas se aproximando, apenas fazia um sim com a cabeça e me apoiava em Evangeline. Ao ver ela pegando o corpo da sacerdotisa, ficava animada com esse compartilhamento de pensamento, quase por telepatia, e então me virava para Kleiner e dizia "Estamos sem tempo, venha" e então já ia seguindo em direção ao planador, aproveitando para mandar uma mensagem aberta para todos "Estou saindo do local, fui ferida. Os políciais se aproximam, saiam o mais rápido possível" Minha voz estava fraca e falhando. Por fim, entrava dentro do planador e já procurava um kit médico ali dentro, esperando Katura partir com a nave, já com Kleiner e Evangeline lá dentro
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Katura
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Post by Katura on Apr 8, 2018 21:03:40 GMT
O som de portas batendo, seguido pelo motor do planador acelerando para longe do Templo soava aos ouvidos de Katura como uma doce e reconfortante melodia.
Não havia mais tempo para esperar a possível chegada outros insurgentes,ela precisava levar as feridas para longe dali, e tudo o que podia fazer pelos que ficavam era rezar para que a Deusa os protegesse enquanto recuavam para longe do que poderia ser tornar uma grande chacina à Insurgência.
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Post by ëssaht on Apr 8, 2018 21:21:35 GMT
A reação policial não tardou em atingir o flutuador em que Katura, Kleiner, Li-He e Evangeline se encontravam. Entretanto, uma vez que a Sacerdotisa Beta fora avistada pelos policiais, o fogo cessou sem que ocorressem maiores estragos que um vidro traseiro e o espelho retrovisor esquerdo quebrados. Mas isso não siginificava vitória para o pequeno grupo de Insurgentes — eles haviam sequestrado uma das figuras de maior importância da sociedade etérea. Sua captura era de suma importância e deveriam ser imobilizados pela polícia imediatamente. Como eles fariam para despistar as forças policiais e chegar aos planadores do resto dos rebeldes em segurança?
Do outro lado do Templo, o sequestro da ambulância passara despercebido pelas autoridades; os Insurgentes que se juntariam a Alistois teriam, portanto, alguns momentos de vantagem. Mesmo assim, tal vantagem era pouca; ainda que Gautier tivesse sido capaz de passar pelo bloqueio de policiais, as forças armadas tinham, agora, cercado todo o perímetro do Templo, e adentravam-no rapidamente. Em breve, Coelho, Morgoth e Marte seriam subjugados.
"Peguem o máximo que conseguirem e saiam daqui!" rosnou Marte, referindo-se ao mar de documentos que reviravam, dentro do sinal do Alto Escalão.
"Estou a postos. Dêem-me o sinal e tiro vocês daí," respondeu Serpente, de onde quer que estivesse. Faltava apenas as respostas dos outros dois. Estavam prontos? Precisavam ir embora imediatamente!
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Post by Li-He Zheijián on Apr 8, 2018 22:00:49 GMT
Ao ouvir os disparos contra o planador, me jogava no chão para evitar os tiros, e, deitada, o som dos disparos me fizeram recordar de tudo que havia acontecido, e agora a verdade havia chego: eles tinham armas. Por um estante, lembrava da dor da minha ferida e do meu olho cego. Quando os disparos paravam percebia que o corpo da Sacerdotisa estava completamente a vista para eles, podendo ser o motivo pelo qual eles pararam os disparos.
Seguia então novamente a procura de um kit médico, e ao encontrar uma caixinha branca com um símbolo vermelho, me deparo apenas com gaze, esparadrapo e antisséptico - algo relativamente comum para um mundo que outrora não havia violência. Desfazia a compressa feita com o kimono e via que a ferida ainda estava sangrando, mesmo que com fluxo reduzido. Embebia a gaze com antisséptico e prontamente colocava-a na ferida, que ardia como o fogo que levou minha recente parceira. Ficava abatida por alguns minutos, olhando para o nada, meio perdida no mundo, com a memória da casa em chamas vindo a tona novamente. Voltava a mim após alguns toques de Evangeline em meu braço. Por fim, embebia outra gaze com o antisséptico e colocava novamente no local do corte, e então arrancava outro pedaço da roupa, agora do outro braço, e refazia a compressa, esperando que estancasse o sangramento. Por fim, utilizava o restante da gaze e do esparadrapo para fazer um tapa-olho improvisado, minha visão ainda estava meio turva.
Tirava mais uns 3 minutos para mim, e então ia em direção a Katura, e sentava no banco "Obrigada Agente, você me salvou" dizia, ainda com calma e um tanto fraca. "Mas acredito que eles continuaram vindo atrás de nós, então precisamos de um plano de fuga". Esperava então a reação dela, observando os detalhes de seu rosto, mesmo que meio coberto pelo lenço característico
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Post by Beico on Apr 9, 2018 1:50:12 GMT
O impacto de seu corpo contra a parede e da pressão contra sua garganta foram o suficiente para despertar Ahriat de seu transe de chutes e socos. O choque expulsou o ar de seus pulmões e sua visão escureceu por um momento, todo o cansaço e a tontura voltando para seu corpo. A voz inumana daquela mulher e suas palavras agressivas mal se registraram em sua mente; ele ouvia ruídos abafados e entendia o necessário para saber das inúmeras ameaças que recebia — e da faca. Ahriat queria poder dizer alguma coisa, respondê-la com alguma frase esperta, algo que a ameaçasse também. Mas sua língua parecia dormente e seus pensamentos eram um quebra-cabeça que nem ele mesmo conseguia decifrar; tudo o que pôde fazer foi jurar a si mesmo que um dia se vingaria — por ele mesmo, pelos inocentes mortos, pela Deusa. E nem se sentiu culpado com isso.
Sem mais força alguma, Ahriat deixou-se ser carregado pela mulher, sentindo o ódio crescer e crescer em seu peito com os risos dela. Mal conseguia sentir a própria pele, mas sabia das lágrimas que inundavam seus olhos e dos soluços que chacoalhavam seu corpo. Ele odiava, ele odiava, e ele odiava odiá-la. Não sabia se estava gritando ou não — talvez fosse só em sua cabeça, talvez fosse seu corpo inteiro.
Ao ser jogado para dentro da ambulância, seu mundo girou outra vez. Sua visão piscava, as laterais escurecidas, mas ele não se deixaria levar pela dor, pela exaustão. Deveria permanecer acordado, ou apenas a Deusa sabia o que fariam com ele. E ele deveria fugir. Precisava fugir.
Ele focou sua visão no gotejar lento de vermelho sobre o chão branco do veículo — uma por uma as gotas caíam. Uma por uma, uma por uma. A ambulância havia parado, ele percebera, e isso o ajudara a recompor um pouco do equilíbrio e a estabilizar a respiração. Uma por uma, uma por uma — não sabia quanto sangue já havia perdido. Não poderia contar suas gotas para sempre. Mas, uma por uma e uma por uma, ele sabia que estava vivo.
Respirando fundo, com certa dificuldade, apoiou-se sentado numa das laterais da van. Sua cabeça pendia para a esquerda e ele deslizou o olhar lentamente pelos arredores, as pálpebras quase fechando. Não, não, não, tinha de ser forte. Ele via, não muito longe, uma caixa de agulhas e seringas caída no chão; algumas vazavam e ele conseguiria pegá-las caso estendesse a mão. Mas suas mãos e seus olhos, eles pesavam tanto. Ahriat teria de concentrar todas as forças que lhe faltavam naquele movimento. Era sua única chance. Tudo pesava demais.
Então se concentrou. Uma por uma escorrendo pelo seu rosto, inspirar e expirar, manter abertos os olhos. Olhou ao redor e esperou até que ninguém reparasse nele — inspirando e expirando, mantendo abertos os olhos. Quando julgou ser seguro, conseguiu pegar para si uma injeção e escondê-la entre as várias camadas de sua saia. Não sabia o que havia ali dentro — não sabia se realmente havia algo, se estava delirando —, mas saber que não estava totalmente indefeso reconfortava-o. Jamais pensara que um dia teria a necessidade de usar uma arma — de, pior, transformar algo em uma arma. Mas também jamais pensara que seus piores pesadelos se tornariam reais.
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kleiner
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Omega Triste
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Post by kleiner on Apr 10, 2018 16:33:15 GMT
Sem tempo para reações ou qualquer coisa um planador apareceu, achava que era um blefe da garota de olhos puxadinhos, ficou aliviado de qualquer forma pela presença de algo que pudesse os fazer fugir o mais rápido dali. Sem tempo para conversinhas pulou no veiculo logo após Li-He e a ainda desconhecida garota de cabelos castanhos. As portas se fecharam e o motor foi acionado, quem pilotava o veiculo era uma omega que usava um lenço azul tampando o rosto.
Antes mesmo que se sentasse em um dos bancos traseiros, tiros atingiram o vidro traseiro e o espelho retrovisor esquerdo, o susto não foi grande, pois por alguma razão o ataque parou, ninguém foi ferido, mas precisavam tomar cuidado. Observou Li-He cuidar das suas feridas e agradecer a mulher com lenço azul, só prestou atenção nas suas últimas palavras que se resumiam em: Como fariam para despistar os policiais? Não podiam ir para o bosque, com certeza eles vão começar a nos perseguir. Antes que a garota que pilotava respondesse a questão da Li-He seus pensamentos foram sem querer transformados em palavras: — Não vai ser fácil despistá-los, talvez a única maneira seja abandonar a sacerdotisa. — Balançou a cabeça negando, fora de questão ela será útil para algo melhor do que salvar a nossa vida. — Talvez se soubermos para onde devemos ir sem ter que ir para o bosque, porque uma vez que nos dirigirmos para lá, estaremos colocando em risco os outros membros. Se tivermos essa informação poderíamos nos dirigir até o destino final somente quando tivermos certeza que ninguém está na nossa cola. Abandonar o planador também está fora de questão! — Só depois dessa ultima frase, percebeu que não estava só pensando, olhou para as mulheres, meio confuso. — Mais alguma ideia?
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ëssádica
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ALPHA BOM É ALPHA MORTO
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Post by ëssádica on Apr 11, 2018 20:14:51 GMT
A insurgente aterrissou de forma pouco graciosa na ambulância, dificilmente ouvindo os tiros e vozes dos outros rebeldes - Ou dos materiais médicos que derrubou em seu trajeto - por trás de seus próprios batimentos cardíacos ecoando por suas orelhas. Ela apoiou-se em seus braços e se sentou, escorando seu peso contra a parede branca da ambulância com um baque surdo e um resmungo alto, seguido por risos sem ar. Ren teve a decência de mutar seu comunicador antes de encolher-se sobre si mesma e rir e rir e rir, tremendo de forma dolorosa.
Gautier vagamente reconheceu estar fora de si e pensou, amarga, no quanto se arrependeria de suas ações daqui algumas poucas horas.
Depois de pouco mais que alguns minutos e com suas risadas reduzidas à pouco mais que risinhos sem ar, ela olhou ao redor pela primeira vez. A primeira coisa que viu foi uma maca, que ela assumiu carregar o corpo de um civil ferido e deus graças por não ter colido contra durante sua entrada gloriosa. Atrás da maca um pequeno monitor de monitoração cardíaca, um desfibrilador, um kit de primeiros socorros.
O Sacerdote Omega.
- Ah, é. - Ren riu consigo mesma, alcançando o pequeno botão atrás da orelha de sua máscara para desmutar seu comunicador. - Estou com o sacerdote omega. - Informou curtamente antes de se mutar, erguendo a cabeça para encarar o homem encolhido do outro lado da ambulância, uma minúscula pilha de tecido vermelho e pele pálida. A infiltrada permitiu-se respirar fundo antes de erguer-se e cruzar a curta distância e ajoelhar-se em frente ao garoto.
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Katura
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Post by Katura on Apr 13, 2018 19:41:33 GMT
Ao som dos tiros, seus reflexos automaticamente a levaram a se abaixar e, com as mãos no volante, transformar o percurso do planador em curvilíneo, tentando escapar da linha de tiros dos policiais. Mas antes que pudesse começar a terceira curva, os tiros cesaram. Olhando rapidamente pelo espelho retrovisor que permanecia intacto ela pode ver que ainda estavam sendo seguidos, porém a imagem da Sacerdotisa Beta não faria com que eles corressem o risco de atirar contra o veículo.
Por enquanto está tudo bem. Era o que ela repetia para si mesma para manter a calma e deixar seu lado racional encontrar alguma saída antes que fossem emboscados pelos policiais. Mas aquele odor entrava em suas narinas e aflorava seu lado emocional. Aflorava memórias que apertavam seu peito e fechavam sua garganta. Aflorava a imagem dele andando em sua direção. O sangue. O medo. A raiva. NÃO. AGORA NÃO. Puxando com força o ar para seus pulmões, esperava que ele empurasse para longe tudo o que queimava em sua mente. Não iria perder tempo com isso agora, e ao expirar todo o ar que estivera prendendo sem perceber, e voltou seus olhos para o horizonte. Seu foco era o agora, os policiais que os estavam seguindo.
Em meio ao turbilhão de pensamentos que percorriam sua mente, mal notou que alguém sentara no banco ao seu lado. O sobressalto logo passou e deu lugar ao alívio ao ver que quem estava ao seu lado era Li-He.
"Obrigada Agente, você me salvou. Mas acredito que eles continuaram vindo atrás de nós, então precisamos de um plano de fuga"
— Estou à sua disposição Sub-Líder — As palavras saíram da minha boca juntamente com o olhar tenro com o qual eu a observava. Sua voz soava fraca, porém ao ver que ela aparentava estar melhor um sorriso se esboçou em meu rosto — E eles continuam nos seguindo, precisamos encontrar um jeito de despistá-los sem comprometer a fuga dos outros insurgentes.
“Não vai ser fácil despistá-los, talvez a única maneira seja abandonar a sacerdoti-”
Com um longo suspiro, Katura resolveu ignorar as palavras que o Alpha continuava a falar. De qualquer forma, abandonar a sacerdotisa era a pior ideia possível, e o resto não fugiria do óbvio. Sua mente fervia em busca de alguma alternativa, mas não parecia encontrar nenhuma opção que fosse boa o suficiente.
A sua direita estava a Igreja. Péssima ideia. A sua esquerda estavam os bosques. Outra péssima ideia. Não podia revelar a localização dos planadores da Insurgência e correr o risco de perdê-los. A sua frente havia apenas o céu noturno, e as estrelas que a algumas horas atrás ela apreciava enquanto os momentos calmos da noite chegavam ao fim.
Pelo amor de Bettenou, não é possível que não haja saída! O pensamento gritou em sua mente, com a vontade de apenas desaparecer sob a terra, nos túneis que levavam ao quartel-general e que agora se encontravam tão distante. E então ela lembrou.
— Embaixo! — A ideia escapara pela sua boca de forma pouco mais alta que um murmuro. Não era o lugar mais seguro para adentrar durante a noite, mas perto das opções, parecia ser o abrigo que eles precisavam para despistar a força policial, além de ser o que geraria menos consequências para o movimento. Logo abaixo de onde o planador sobrevoava, abaixo da ilha flutuante, estava Syat. A chuva e ambiente pantanoso da região seria perfeita para ocultar o planador e despistar aqueles que os estavam perseguindo.
— Syat é nossa melhor opção, tudo lá embaixo vai nos esconder até que tenhamos como retornar, sem ser seguidos, aos bosques sagrados. — E enquanto falava, Katura acelerava o automóvel em direção à fronteira da ilha.
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caterinne
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Omega Triste
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Post by caterinne on Apr 13, 2018 20:00:31 GMT
O fluxo de paramédico diminuiu e com ela só estava mais um, que monitorava seu estado. Ouviu por alto que os outros tinham ido para dentro do templo procurar novas vítimas e como havia espaço para mais um ferido o que restava era esperar até que retornassem e fossem para o hospital de Messa. A dor não estava mais tão penosa, e ela quase chegou a adormecer.
O último paramédico aplicou nela bandagens encharcadas com alguma espécie de remédio super gelado, e avisou a ela que retornaria logo, logo. A sensação fria das bandagens dava a Caterinne um alívio bem melhor, mas era extremamente desconfortável ficar deitada praticamente nua, as bandagens envolviam todo seu torso, braços e pernas, ela estava mais ou menos parecida com uma múmia, somente um pano branco cobria seu peito até os joelhos.
Não muito tempo se passou depois do paramédico sair, a ambulância se mexeu, e poucos segundos alguém com uma máscara parecida com uma pantera abriu as portas traseiras da ambulância, Caterrine não entendeu. Porque entrar no templo novamente? O que estava acontecendo?
Depois disso um baque na ambulância, alguém fora jogado de uma forma nada agradável, era um Omega pelo que pôde sentir, ele não parecia estar bem, sangrava até, observou ele pegar uma seringa e guardá-la entre as saias, se concentrou em olhar para o rosto e reconheceu o Sacerdote Omega.
— Espera o que você está fazendo aqui? — Seu pensamento saiu em forma de palavras, uma voz que demonstrava que nada estava sendo entendido, uma voz confusa.
Antes que o Sacerdote pudesse responder outra pessoa adentrou, usava máscara, mas não se esqueceria de uma característica tão marcante, sua pele era alva como a neve, começou a rir estranhamente, falou algumas palavras que Caterinne não conseguiu entender devido as sequências de eventos inesperados, estava muito confusa.
Mas o que está acontecendo aqui? Rebeldes?
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Post by Li-He Zheijián on Apr 15, 2018 22:49:19 GMT
Ficava surpresa com a ideia de de Katura. Realmente, os Pântanos eram uma boa opção de fuga, mas apenas pensar neles já me assustava, enquanto relembrava das histórias sobre o monstro Zenim que vivia no Pântano. Mas agora não era hora para ficar com medo de antigas lendas, e além da presença da Sacerdote Beta, a vida dos outros dois insurgentes ali também estavam em suas mãos, e se essa era a melhor -ou pelo menos a única- opção, que assim seja.
Me ajeitava no banco, e olhava Katura no fundo dos olhos "Assim faremos então" Me aproximava dela, e dizia, baixinho, para que os outros não ouvissem "Lembre-se que a vida de todos aqui no carro, além do sucesso da missão coma Sacerdotisa Beta está nas suas mãos, não me decepcione querida" e ainda na mesma a posição passava, primeiro, a mão em sua perna direita, e ia subindo até sua cintura. Sem encontrar nada, seguia para o lado esquerdo e fazia a mesma coisa, e então puxava a faca de sua cintura, e me virava para trás, para falar com o membro do outro esquadrão
"Kleiner, você é da S.C.O.T.I, não é?" Dizia, apenas para puxar assunto "Sou Li-He, a Sub-Líder Do I.O.C.O" Estendia o meu braço com a faca em sua direção, para que ele a pegasse "Fique de olho na Sacerdotisa Beta, ela está desacordada a muito tempo, então creio que não tardará muito até que ela acorde repentinamente"
Depois disso, torno-me novamente para frente e passo uma mensagem pelo Intercomunicador "Estamos sendo perseguidos pela Polícia, mas ainda estamos com a Beta. Vamos em direção a Syat para despistá-los, depois, vamos em direção ao QG, boa sorte para todos, e ëssaht"
Me soltava no banco e relaxava por um momento, a dor do tiro ainda continuava e minha cabeça latejava, além do cansaço tanto físico quanto emocional que tudo aquilo me causava, mas era exatamente por isso que eu estava onde estava, por conseguir aguentar o tranco. Ficava, no entanto, um pouco preocupada com a forma que havia falado com Katura, botando tanta pressão nela, e todo momento ficava olhando-a de canto de olho, para saber como ela estava.
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kleiner
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Omega Triste
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Post by kleiner on Apr 17, 2018 17:50:52 GMT
Syat era mesmo a única opção! À noite nosso campo de visão será muito menor, devemos estar atentos se for mesmo verdade a existência do Zenin, de qualquer forma para mim não passa de uma lenda.
Kleiner recusou a faca que Li-He, a Sub-Líder do esquadrão I.O.C.O, estendeu para ele e acenou afirmando com a cabeça.
— O que você espera que faça com essa faca? — Ele perguntou cético. — Não preciso dessa faca e imagino que não devemos machucá-la. — Enquanto falava levantou seu casaco lentamente indo de encontro ao cinto de utilidades que a S.C.O.T.I vinha desenvolvendo, e tirou de lá uma corda, o cinto ainda não tinha muitas coisas porque antes de sair não verificou e ainda estavam decidindo o que seria bom que tivessem quando saíssem em missões. — Fique com sua arma já tenho a minha.
Voltando-se para a Sacerdotisa Imilia que estava ao seu lado completamente desacordada, pegou suas mãos e amarrou fazendo um nó forte e apertado, preferiu deixar seus pés livres já que provavelmente uma hora ela terá que andar e não queria carregar ninguém no colo, retirou sua arma e a deixou em suas mãos, para se talvez ela não comportasse isso servisse de estímulo.
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Katura
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Post by Katura on Apr 19, 2018 0:10:54 GMT
O olhar surpreso de Li-He a fez questionar se ela enlouquecera em algum momento entre a entrada no planador e a decisão de ir para Syat. Ela sabia que na cabeça de Li-He, e de provavelmente todos os que ouviram suas palavras, a mera menção do Pântano aflorara as histórias sobre Zenim, e Katura esperava que elas fossem apenas isso, histórias.
Sua ponderação sobre ter que escolher entre enfrentar a polícia armada ou uma criatura folclórica desconhecida foi interrompida pelas palavras de Li-He, que acabara de concordar com o plano que ela propusera. E tão logo acabara de falar, ela se ajeitara de modo a ficar extremamente perto do rosto de Katura enquanto sussurrava coisas ao pé de seu ouvido. Enquanto a moça falava, Katura tentava não se concentrar tanto no fato de que a pele da Sub-Líder, encostada em seu rosto, era tão macia.
“Não me decepcione querida”. As palavras doces porém sérias de Li-He a tiraram de seus pensamentos desconcertantes bruscamente ao tornar real um fato que, apesar de ter consciência do mesmo, Katura ainda não o assimilara com tamanha exatidão. A vida de todos e o sucesso da missão estava em suas mãos, assim como o plano de adentrar o Pântano, que também era sua responsabilidade.
Entretanto, antes que pudesse ao menos voltar sua mente para a missão e o percurso até Syat, os pensamentos desconcertantes, outrora afastados de sua cabeça, voltaram com um solavanco ao sentir a mão de Li-He subindo enquanto acariciava sua perna. Mordia seu lábio inferior como uma tentativa frustrada de conter seus batimentos descompassados, e agradecia a presença do lenço que cobria parcialmente seu rosto e ela esperava que conseguisse cobrir também o desejo que deveria estar transparecendo mais do que apenas através de seu rosto quente.
Assim que Li-He tirara a faca de sua cintura e se virara para trás dirigindo a palavra ao Alpha, Katura soltara o ar que estava prendendo sem ao menos perceber. Enquanto relaxava meu corpo no banco e mantinha os olhos no caminho a frente, podia ouvir a conversa que se desenrolava atrás de mim. As palavras céticas do Alpha lhe irritavam, mas ela já havia decidido não ter que lidar com mais problemas enquanto os gritantes problemas atuais não estivessem resolvidos.
Ao ver que o homem continuava com a faca estendida, esperando que alguém pegasse a arma de sua mão, como se ele mesmo fosse incapaz de segurá-la ou mantê-la consigo, Katura soltou um suspiro cansado e se virou para trás, ainda mantendo uma das mãos no volante e mantendo o caminho retilíneo que deveriam seguir até chegar à fronteira da ilha, e pegou retirou a faca da mão do Alpha.
— Já que não vê necessidade de usar a faca, é melhor guardá-la antes que ocorram acidentes — E após desviar seu olhar, que encarava o homem afiado como uma lâmina, ela se virou para Li-He, que estava ao seu lado.
Katura a puxou levemente para mais perto de si e começou a passar a mão ao redor da cintura de Li-He, ao encontrar o que procurava, ela desceu a mão até a abertura do kimono e por dentro da roupa, logo acima da coxa, ela guardou a faca onde anteriormente estavam os leques. E antes de afastar, ela sussurrou no ouvido de Li-He — Não é seguro ficar desarmada lá embaixo, tome cuidado querida.
Ao voltar sua atenção para a direção, já podia ver que a fronteira da ilha estava cada vez mais perto e, em breve, estariam todos descendo em direção ao desconhecido Pântano Chuvoso.
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